18/05/2025
João Pessoa inicia vacinação contra Influenza nos hospitais públicos e privados nesta segunda-feira
JOÃO PESSOA, PB - Como parte da mobilização de assistência e
cuidado da campanha nacional de vacinação contra Influenza, a Prefeitura de
João Pessoa inicia, nesta segunda-feira (19), a prevenção dos trabalhadores que
atuam nos hospitais públicos e privados da Capital. A ação começará pelos
hospitais Napoleão Laureano e Municipal Valentina, durante a manhã e tarde.
Para o grupo prioritário, a campanha segue até o dia 31 de maio com a meta de
imunizar 90% da população. “Esta ação que estamos programando nas instituições
hospitalares tem o intuito de ampliar e reforçar a proteção e cuidado dos
profissionais. Estaremos administrando apenas as doses que atuam na proteção da
Influenza, consideramos que estamos em campanha nacional. Sobretudo, seguimos
alertando que esses trabalhadores podem buscar um serviço de Saúde de
referência para sua assistência e atualizar a caderneta com as demais vacinas
destinadas a este grupo, a exemplo da que protege contra a Covid-19, Tríplice
Viral, Hepatite B e dT”, orientou Fernando Virgolino, chefe da Seção de
Imunização de João Pessoa. A vacinação é recomendada principalmente para as pessoas que
integram o grupo prioritário, com maior risco para hospitalização e agravamento
da doença. O imunizante contra a gripe é atualizado anualmente conforme
orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e oferece proteção contra os
vírus H1N1, H3N2 e B, podendo ser aplicado simultaneamente de forma segura e
rápida com outras doses que integram o calendário básico de vacinação. Dados do Ministério da Saúde No Brasil, o cenário atual é marcado pela predominância do
vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e pelo crescimento das
infecções por Influenza e em idosos. De acordo com o boletim da Fiocruz –
Infogripe, divulgado em 8 de maio, no ano epidemiológico de 2025 já foram
notificados 50.090 casos de SRAG, sendo 22.235 (44,4%) com resultado
laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 20.144 (40,2%) negativos e
4.537 (9,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos deste ano, observou-se 13% de
Influenza A, 1,5% de Influenza B, 40,4% de vírus sincicial respiratório, 27,2%
de rinovírus e 18,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas
epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de 26,7% de
Influenza A, 0,7% de Influenza B, 55,7% de vírus sincicial respiratório, 18,1%
de rinovírus e 3% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Em relação aos óbitos, a presença destes mesmos vírus entre
os positivos foi de 56,1% de Influenza A, 1,6% de Influenza B, 12,9% de vírus
sincicial respiratório, 11,8% de rinovírus, e 18% de Sars-CoV-2 (Covid-19). 
Em João Pessoa Segundo dados da Gerência de Vigilância Epidemiológica,
somente nos primeiros quatro meses de 2025, foram registrados nas unidades
sentinelas 16.921 casos notificados para síndromes gripais. Desses, foram 296
casos graves, sendo 124 positivos para algum vírus respiratório, o que corresponde
a 42% dos casos graves, resultando em 31 óbitos. A Vigilância Sentinela de Síndromes Gripais tem o objetivo
de fortalecer a Vigilância Epidemiológica de vírus respiratórios, por meio da
identificação do agente patogênico (vírus), os períodos de circulação viral em
cada sazonalidade e surgimento de novo subtipo viral. Essa estratégia visa
construir um banco de dados biológico para a adequação das vacinas de Influenza
e atualmente, também vacina contra o Sars-CoV-2. Outros grupos prioritários Os grupos definidos pelo Ministério da Saúde para a
estratégia de vacinação contra a Influenza nas regiões Nordeste, Centro-Oeste,
Sul e Sudeste em 2025 são o prioritário (crianças de 6 meses a menores de 6
anos; gestantes; idosos com 60 anos ou mais) e o especial (puérperas; povos
indígenas; quilombolas; pessoas em situação de rua; trabalhadores da Saúde;
professores do ensino básico e superior; profissionais das forças de segurança
e salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com deficiência permanente;
caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros
urbanos e de longo curso; trabalhadores portuários; trabalhadores dos Correios;
população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de
liberdade; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; e
pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas
especiais independentemente da idade). Todos os imunizantes disponíveis das campanhas ativas
(Covid-19 ou Influenza) podem ser administrados simultaneamente com qualquer
outro que faz parte do calendário de rotina, em qualquer intervalo de tempo, na
faixa etária de seis meses de idade ou mais. A Covid-19 e a Influenza continuam
sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não
vacinadas.
Lílian Pedreira/Felipe Silveira, com fotos: Arquivo/Secom-JP
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