13/08/2025
Novo colírio corrige a visão e dispensa uso de óculos; veja preço e disponibilidade no mercado
SÃO PAULO, SP - A medicina ocular acaba de alcançar um marco
histórico: a FoodDrug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados
Unidos, aprovou o VIZZ, o primeiro e único colírio capaz de corrigir a visão de
perto em adultos com presbiopia — condição popularmente conhecida como “vista
cansada”. O produto, desenvolvido pela LENZ Therapeutics, promete
transformar o mercado óptico ao oferecer uma alternativa prática e não invasiva
para os 128 milhões de adultos norte-americanos que sofrem com o problema. O que é o VIZZ e como ele funciona A grande inovação do VIZZ está na sua formulação à base de
aceclidina, um agente miótico seletivo da pupila. Esse componente atua no
músculo esfíncter da íris, provocando sua contração e reduzindo o diâmetro da
pupila para menos de 2 mm — criando o chamado efeito pinhole, que aumenta a
profundidade de foco e melhora significativamente a visão de perto, sem causar
desvio miópico. Diferente de tratamentos convencionais como lentes
corretivas ou cirurgias, o VIZZ oferece uma solução rápida, segura e
temporária: - Efeito em apenas 30 minutos após aplicação; - Duração de até 10 horas com uma única dose diária; - Uso sem interferir na visão de longe; - Aplicação simples, semelhante a um colírio comum. Preço, disponibilidade e como obter Segundo comunicado da LENZ Therapeutics, a comercialização
do VIZZ nos Estados Unidos começa no quarto trimestre de 2025. Antes disso,
amostras serão distribuídas para profissionais de saúde ocular em outubro. O medicamento será vendido exclusivamente com prescrição
médica e estará disponível em dois formatos: - US$ 79 (cerca de R$ 431) para 25 doses — duração de 1 mês; - US$ 198 (cerca de R$ 1.081) para 75 doses — duração de 3
meses. No site oficial, já é possível reservar o produto mediante
receita médica. Resultados clínicos e segurança A aprovação pela FDA foi baseada em três estudos clínicos
envolvendo 466 participantes, que usaram o colírio por 42 dias. Os resultados
apontaram: - Melhora considerável da visão de perto em todos os grupos
testados; - Início do efeito em meia hora e manutenção por até 10
horas; - Efeitos colaterais leves e transitórios, como irritação
ocular, visão turva temporária e dor de cabeça. Segundo o pesquisador clínico Marc Bloomenstein, do Schwartz
Laser Eye Care Center (Arizona), o VIZZ pode se tornar o novo padrão de
tratamento para presbiopia: “Esta aprovação representa uma mudança de paradigma
disruptiva nas opções de tratamento para milhões de pessoas que lutam contra a
perda de visão de perto relacionada à idade.” Por que essa aprovação é histórica Até agora, quem tinha presbiopia dependia quase
exclusivamente de óculos multifocais ou lentes de contato especiais. Cirurgias
como a presbiopia LASIK também são opções, mas envolvem riscos e custos
elevados. O VIZZ surge como uma alternativa diária e não invasiva, que
pode ser especialmente atraente para pessoas ativas, que buscam liberdade dos
óculos em eventos, reuniões ou viagens. Impacto no mercado e possibilidade de expansão Embora inicialmente restrito aos Estados Unidos,
especialistas acreditam que o colírio que corrige a visão possa chegar a outros
países nos próximos anos, dependendo da aprovação das agências reguladoras
locais. Se o produto mantiver sua eficácia e segurança nos usuários
reais, ele poderá gerar um impacto bilionário no setor óptico, desafiando desde
fabricantes de lentes até clínicas de cirurgia refrativa. O que é presbiopia e por que todos estão suscetíveis A presbiopia é um processo natural do envelhecimento ocular
que normalmente começa a partir dos 40 anos. Ela ocorre porque o cristalino — a
lente natural do olho — perde elasticidade, dificultando o foco em objetos
próximos. Não se trata de uma doença, mas de uma condição inevitável.
Até agora, a solução mais comum era o uso de óculos para leitura. O VIZZ muda
essa lógica ao oferecer um tratamento temporário, mas funcional, que dispensa
lentes corretivas durante o período de ação.
Site CPG, com foto: Ilustração/Pixabay
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