03/01/2025
Ministro do STF Flávio Dino proíbe repasses para ONGs que não cumprem requisitos de transparência
BRASÍLIA, DF - O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal
Federal – STF, mandou suspender nesta-sexta-feira (03) o pagamento de emendas
parlamentares a Organizações Não Governamentais (ONGs) não transparentes. São entidades,
segundo a Controladoria Geral da União – CGU, que recebem dinheiro de emendas e
deveriam divulgar o destino dos recursos, de forma transparente, em seus respectivos
sites na internet. A Controladoria Geral da União identificou o empenho, só no
período de 2 a 21 de dezembro de 2024, de R$ 733 milhões em emendas parlamentares,
que foram destinados a 676 ONGs. A CGU selecionou 26 entidades que receberiam o maior volume
de recursos para analisar a transparência sobre a aplicação desse dinheiro e concluiu
que metade delas não oferece transparência ou não divulgam informações; nove
apresentam informações incompletas e sem atualização; e apenas quatro entidades
promovem a transparência de forma adequada, considerando acessibilidade,
clareza, detalhamento e completude, segundo relatório da entidade. A CGU afirma que “a ausência ou insuficiência de
transparência ativa dificulta o controle, especialmente o controle social, essencial
para a supervisão adequada”. O ministro determinou ainda a inscrição das entidades não
transparentes nos sistemas de Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas e na
lista de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas. O Senado e a Câmara precisam se manifestar sobre o relatório
da CGU em 10 dias para depois ocorrer a análise da Procuradoria-Geral da
República. A Advocacia-Geral da União tem cinco dias para comunicar aos
ministérios que novos repasses não devem ser feitos para as organizações não
transparentes.
Da Redação
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