13/07/2025
Michelle Bolsonaro pede que Lula “baixe as armas da provocação” diante de tarifas de Trump
RIO BRANCO, AC - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro leu
neste sábado (12/7) durante um evento no Acre, uma carta pública endereçada ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, ela pede que o petista
"baixe as armas da provocação", adote uma postura conciliadora diante
das tarifas impostas pelos Estados Unidos e deixe de lado o que chama de
"desejo de vingança". O texto, lido diante de apoiadores, faz duras críticas ao
atual governo e atribui à condução política de Lula a responsabilidade pela
deterioração da imagem do Brasil no exterior. "É tempo de assumir os
erros, de se arrepender, de pensar no povo e tentar salvar o que ainda é
possível salvar para o bem do país inteiro", disse Michelle. Ela também acusou o presidente de alimentar divisões
internas, se aliar a "movimentos terroristas e ditadores" e conduzir
o país para um cenário semelhante ao de regimes autoritários. "A imagem de
um Brasil pacífico e de progresso está destruída porque você está se juntando a
essas pessoas e arrastando o país para o buraco", afirmou. Michelle classifica ainda, as tarifas de 50% anunciadas
pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros como consequência de uma
política externa equivocada. "Essas sanções só foram aplicadas, até hoje,
a países reconhecidos como ditadura", declarou. Além disso, comparou os líderes do governo a "uma cobra
que se enrola devagar e sufoca a sua vítima" e afirmou que Lula governa o
país movido a ideologias doentias e desejo de vingança. Nas palavras dela, o
país estaria sendo visto como uma "ditadura disfarçada de democracia"
e caminhando para o mesmo cenário de Cuba e Venezuela. Ao final do discurso, ela faz um apelo por trégua. "É
hora de baixar as armas da provocação, cessar os tambores de ofensas e hastear
a bandeira do diálogo e da paz. O Brasil não precisa de discursos cheios de
raiva. O nosso povo precisa de cuidado e de um governo responsável. Abandone as
perseguições e comece a trabalhar pela unidade e pela verdadeira liberdade do
nosso povo. Dá tempo!". disse. Finaliza, ainda, com uma citação religiosa: "Todo poder
vem de Deus, mas ai daquele que o usa para oprimir os inocentes."
Correio Braziliense, com foto: Isac Nóbrega/PR
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