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23/10/2025
Youtuber “Capitão Hunter” é preso por suspeita de estupro e exploração sexual de crianças
SANTO ANDRÉ, SP - As Polícias Civis do Rio de Janeiro e de
São Paulo prenderam o youtuber João Paulo Manoel, conhecido como Capitão
Hunter, em Santo André (SP), nesta terça-feira (22/10). Ele é alvo de um
inquérito na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) do Rio, que apura
a denúncia de exploração sexual de crianças. O mandado de prisão cita os crimes de estupro de vulnerável
e produção de conteúdo pornográfico infantil. Ele também foi alvo de buscas e
apreensões e a quebra de sigilo de dados. Todos os aparelhos eletrônicos
apreendidos serão encaminhados para perícia. Até o momento, a equipe do youtuber não se manifestou. O
influenciador é conhecido pelos conteúdos focados em games e no universo
Pokémon. Ele tem quase 800 mil seguidores no YouTube. A prisão temporária foi
decretada pelo juiz da Vara especializada em crimes contra a criança e
adolescente do estado do Rio de Janeiro. De acordo com o G1, o youtuber usou as redes sociais para
conversar com menores de idade, mostrar as partes íntimas e exigir para que
elas mostrassem os corpos. A denúncia foi feita por familiares de uma menina de
13 anos, com quem Hunter trocava mensagens no Discord e no WhatsApp. A menina disse que o influenciador chegou a fazer
videochamadas em que mostrou o pênis. "Amigos fazem isso, mostram a bunda
um para o outro, isso são coisas de amigos e você é minha melhor amiga",
disse em uma das mensagens divulgadas. Os dois se conheceram em um evento no shopping no Rio de
Janeiro. Depois do encontro de fãs, o influenciador manteve contato com a
menina pelas redes sociais e chegou a se aproximar da família dela, dizendo que
acompanharia e apoiaria a trajetória da adolescente no jogo. O influencer também é investigado por comportamento
semelhante com um menino de 11 anos. No processo, a polícia descreve João Paulo
como “um abusador com elevado grau de periculosidade, atraindo crianças e
adolescentes por meio de um perfil mentiroso para que ganhe a confiança dos
vulneráveis e passe a assediá-las e coagi-las à prática de atos libidinosos”. “O agente se manifesta como influente digitalmente por
canais em que se comunica com incontável número de crianças e adolescentes em razão
de atividades com o desenho Pokemon. Seu estado de liberdade coloca em risco
diversas crianças, tendo em vista que a forma de manifestação deste indica que
esta prática é recorrente”, diz outro trecho. João se apresenta nas redes sociais como ilustrador, criador
de conteúdo no YouTube, empresário e criador dos eventos Pokecon e Hobbycon,
além de cantor e compositor na banda Hunterocks. Ele mantém um site em que
comercializa brinquedos e cartas de Pokemón.
EM, com foto: Reprodução/Redes Sociais
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