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27/12/2025
Para evitar fugas, Moraes decreta prisão de 10 condenados da trama golpista; um já está foragido
BRASÍLIA, DF - As prisões domiciliares de oito condenados
pela trama golpista foram mantidas neste sábado (27) após audiência realizada
por uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF). As audiências foram conduzidas pela juíza Luciana Yuki
Fugishita Sorrentino e tiveram objetivo de cumprir uma formalidade legal. Na manhã deste sábado, Moraes decretou a prisão domiciliar
de dez condenados. A lista de alvos é formada por sete militares do Exército,
uma delegada da Polícia Federal, o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos
Cesar Moretzsohn Rocha e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais
do ex-presidente Jair Bolsonaro. Carlos Rocha não foi encontrado pela Polícia Federal e é
considerado foragido. O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do
Exército, Guilherme Marques de Almeida, também não foi cumprido. Ele viajou
para a Bahia, mas se comprometeu a retornar para Goiânia e iniciar o
cumprimento da medida. As prisões domiciliares foram determinadas por Alexandre de
Moraes para evitar novas fugas. Nesta sexta-feira (26), o ex-diretor da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi detido por autoridades locais
após fugir para o Paraguai e tentar embarcar para El Salvador com passaporte
falso. No entendimento de Moraes, há uma estratégia dos condenados
pelos atos golpistas para fugir do país. O ministro citou diversos casos de
fuga de réus nas ações penais do 8 de janeiro, entre eles, a do ex-deputado
Alexandre Ramagem. “O modus operandi da organização criminosa condenada pelo
Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de
fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem,
inclusive com a ajuda de terceiros”, afirmou o ministro.
André Richter/Carolina Pimentel – Agência Brasil, com foto: Rosinei Coutinho/STF
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